segunda-feira, 14 de março de 2016

Numero de acidentes crescer por imprudência no transito, na PB 121 não é diferente!! entre a cidade de esperança, Areial e montadas e pocinhos

Foto tirada por aparelho celular.






















Crescem o numero de acidentes por imprudência no transito, principalmente na PB 121. Por diversos fatores, aumentos nas taxas de acidente ocasionados por imprudência, seguindo uma trajetória, de mortes e as vezes deixando a muitos feridos. 
 Com menos de dois mesmo já é o decimo ou mais acidentes, não bastando o numero. Ouve outro na tarde de ontem no trecho que linga Montadas e Pocinhos. Não esta sendo diferente, por volta das 6 (seis horas) da noite, um jovem Vinícios sales de luna   vinha da casa da namorada Vitória Silva Diniz na cidade de pocinhos com a tia da mesma, em direção a cidade de Areial.


Quando entre o trecho do trevo que da acesso a cidade Areial, montadas, e pocinhos foi surpreendido por um carro em alta velocidade, que não parou para que o motociclista  em via reta pode-se passa, ocasionando a colisão com a moto. 
Segundo informações do motociclista, que já em casa, apenas com ferimentos leves, mais ainda a tia da sua namorada a senhora Maria Da Guia Melo Silva se encontra no trauma da cidade de Campina Grande PB , e que  vinha em sua mão quando o motorista do carro, ade entrou sem da sinal causando a colisão.



 Depois do acidente avaliando os danos matérias, a moto teve perda quase total, assim como a frente do carro ficou totalmente danificada. Em entrevista ao radialista Gerlanilson santos, o jovem Vinícios sales de lunadisse que foi uma milagre da graça de deus, vendo sua moto no estado que ficou, e ainda não acreditava no que avia acontecido, disse ele a imprudência nas estradas esta cada vez mais próximo de você, assim como só vi em outra BR.

Veja outras fotos.







Fonte: Radialista Gerlanilson santos e esquenta paraiba

sábado, 12 de março de 2016

Jovens nem chegam aos 20, mas entram na política e têm esperança de mudar o país






Eles acreditam no papel transformador e reconhecem a função determinante da política na vida dos brasileiros



radialista: Gerlanilson santos sonhamos 




Reprodução/Arquivo pessoal
José, Cynthia e Antônio sonham em mudar o Brasil

















Em outubro acontecem novas eleições, assim como é feito a cada dois anos no Brasil desde 1988. O ato de cidadania e dever do eleitor é cumprido também por aqueles que ainda não são obrigados por lei a comparecer às urnas. Os adolescentes de 16 e 17 e 20 aos 28 podem participam por vontade e estímulos próprios da escolha daqueles que irão gerir e legislar os municípios, estados e o país. Na Paraíba, no último pleito federal de 2014, essa faixa do eleitorado atingiu 55.113 votantes, o que representa 1,9% dos eleitores no estado, mas esse número tende a crescer todos os anos e o interesse dos garotos vai além de votar. Muitos adolescentes e jovens, desde cedo, querem participar ativamente da vida pública e da política, ansiando muitas vezes, no futuro, estar no lugar daqueles que hoje eles apenas podem escolher como seus representantes. 


Esses jovens acreditam no papel transformador que têm e reconhecem a função determinante da política na vida dos brasileiros, por isso, eles buscam conhecer o trabalho dos legisladores e gestores e querem participar, não apenas das eleições, mas também da organização de grupos, de protestos e do debate sobre o futuro da saúde, educação, economia e das transformações sociais do país.

O interesse pela política surge da motivação de transformar a sociedade, de acompanhar as eleições que acontecem em suas cidades ou apenas da necessidade de discutir assuntos importantes para a democracia, como conta a estudante de 16 anos Cinthya Casado, que desde cedo descobriu sua vocação para a política. “Sempre gostei de formar opiniões sobre diversos temas polêmicos. No meu último ano do Ensino Médio quando fui convidada para fazer parte do grêmio estudantil da minha escola, não perdi tempo e aceitei imediatamente o convite. A partir daí passei a pesquisar mais sobre a atuação dos jovens na sociedade, qual de fato é o nosso papel e sobre nossa atuação como cidadãos. A fascinação com a atuação dos jovens durante a história política no nosso país foi o que me motivou a ser mais interessada sobre esse assunto”.

Assim como esses adolescentes em outras cidades não é diferente, na cidade de Areial nascem novos jovens, que acreditam em tais efeitos, transformador como os mesmo, não sendo diferente com o jovem radialista Gerlanilson santos  que também deste seus 17 anos começou a interesse pela questões do Brasil, já representou a sua cidade Areial na câmara legislativa da paraíba, e em outras instituições. Já muito jovem, trilho na carreira de radialista, e lutou por vários projetos, para sua cidade, debatendo tais assusto com lideranças locais, e buscando junto a sua sociedade por dias melhores. Gerlanilson santos hoje com 28 anos já representou a paraíba na UEFS Universidade estadual de feira de santana, no 9° simpósio de recursos hídricos e manejo de águas da chuva, para fortalecer o nordeste com novas visões, e projetos para o futuro da convivência com a seca. com sua formação presta trabalho com seus conhecimentos para sociedade, vendo a necessidade fazer algo na politica, em função de contribuir para dias melhores, prestou trabalho na prefeitura de Areial, na saúde, e outras áreas.    

Cinthya participou em 2015 do Parlamento Jovem Brasileiro, programa anual promovido pela Câmara dos Deputados, que dá a oportunidade a jovens, entre 16 e 22 anos de escolas públicas ou particulares, de vivenciarem por cinco dias a jornada de trabalho dos deputados federais. Para ela, que detém o mandato de deputada jovem da Paraíba por um ano, a experiência foi única. “A nossa jornada em Brasília foi uma loucura. Trabalhamos literalmente. Divididos em quatro comissões, analisamos e votamos os projetos. Participamos de palestras, consultorias sobre constitucionalidade e adequação financeira. Ter a oportunidade de conhecer de dentro a administração do país foi um momento único”, explica entusiasmada. 

Crise traz jovens à discussão 

A crise institucional e econômica instalada no país acendeu o protagonismo da juventude em grandes mobilizações que tomaram as ruas de diversas cidades do Brasil, inclusive, João Pessoa e Campina Grande, desde de 2013, quando em São Paulo um grupo de jovens inconformados com o aumento da passagem do transporte coletivo ocuparam, em protesto, a Avenida Paulista e outras ruas importantes do centro econômico do país.
Trabalhando na Rede Margarida Pró-Criança e Adolescentes, que promove o incentivo da protagonismo infantil e juvenil até adolescência, Rose Veloso, relata que as crianças e adolescentes já despertam para a política e sabem que podem e devem cobrar dos representantes eleitos. “Os políticos são servidores públicos em defesa do bem comum. Já se perdeu o mito de que eles estão inacessíveis do controle social. Então, o que percebemos é uma geração mais atenta, que cobra o cumprimento dos serviços públicos. Há uma mudança de reflexão de algo que parecia distante, mas eles já descobriram que podem reivindicar. Eles buscam saber o que podem fazer e a quem reclamar”.
Os jovens discordam da forma de governar, da economia, da mídia e vão à luta para serem escutados, sempre na esperança de ajudar a sociedade. “Nosso país está passando por maus bocados, crise política, mídia tendenciosa e discurso de ódio. Esses três aspectos se encontram de forma expressiva e que precisam ser modificados, mas como?”, questiona o universitário José Oliveira de apenas 19 anos.
Ele mesmo dá a resposta para sua indagação, enxergando os obstáculos que serão encontrados pela frente para que haja uma verdadeira transformação na democracia brasileira, mas sem perder a esperança. “Esperar políticos melhores em um ambiente tomado pelo poder do capital dos empresários é muito difícil, mas a luta dos brasileiros está se fortalecendo, com universidades e escolas comprometidas a desenvolver projetos para discussão, debate e pesquisa científica acerca de problemas políticos são válidos e isso irá se refletir para um futuro melhor, um futuro com brasileiros comprometidos para lutar pela mudança”, acredita.
Hoje, cursando Direito no Centro Universitário de João Pessoa (Unipê), José Oliveira, também participou do programa Parlamento Jovem Brasileiro. Para ele, a corrupção inverte os valores dos cidadãos e já se instalou no comportamento social dos brasileiros como “erva daninha”. “É notório aspectos pequenos de corrupção serem tratados como normais, em momentos onde nós, eu e você, pensamos que não estamos privando ninguém de um direito, mas estamos. Isso se reflete na política de forma alarmante, onde temos os nossos representantes confundindo o público com o privado, não sabendo separar o que realmente é seu e o que não é”, reflete.
A mesma linha de raciocínio é seguida pelo estudante Antônio Júnior, de 16 anos. Para ele, os políticos corruptores devem ser punidos legal e moralmente, mas os pequenos atos desonestos cometidos por pessoas comuns, como o exemplo simples de tentar conseguir vantagens em um emprego por ser amigo ou parente do dono da empresa, também não podem passar em branco e ser considerados “normais”. “Não devemos culpar apenas os políticos, eles estão errados por roubar o dinheiro público, mas nós também somos corruptos e, se quisermos que eles não sejam, também devemos ser corretos e não cometer pequenos atos ilícitos, como furar filas. Se o povo faz esses pequenos atos ilícitos os políticos serão consequência disso”, afirma Antônio, completando que a educação é a solução para o combate à corrupção.
Esperança dos jovens
Nem a crise a econômica, nem o mar de escândalos de corrupção envolvendo políticos, a exemplo do mais recente deflagrado pela Polícia Federal, como a operação ‘Lava Jato’, – que trazem provas que levaram à prisão, por exemplo, do tesoureiro do PT, João Vaccari Neto – fazem com que esses jovens percam a esperança de encontrar alternativas para solucionar os problemas do sistema político e institucional do Brasil.
“Estamos em um tempo em que não podemos e nem conseguimos confiar nos que se dizem ser políticos em nosso país. Mesmo alguns dos que se dizem honestos caem no terrível lema do ‘muito se fala e pouco se faz’. Muitos não têm uma perspectiva de mudança no cenário político brasileiro. Eu, ao contrário de muitos, acredito sim que haverá uma mudança, e que ela virá acompanhada dos jovens. Nós que temos uma sede enorme de progresso, justiça, igualdade e democracia”, diz Cinthya com confiança.
A coordenadora do Centro de Apoio Operacional às Promotorias da Criança e do Adolescente do Ministério Público, promotora Soraya Escorel, entende como positivo o engajamento dos jovens na política, que, mesmo com pouca experiência de vida, já demonstram grande maturidade a respeito dos direitos e deveres de todos. Para ela, a esperança sem medidas não faz dos jovens iludidos, mas sim, planta neles um sentimento que serve como combustível para trabalhar por melhorias.
“Eu acredito muito nas pessoas que se interessam pela vida com um todo. Por mais jovens que sejam, eles querem se aperfeiçoar naquilo que envolve a política, conhecer as dificuldades públicas, conhecer caminhos para modificar os problemas sociais. Existem sonhos nesses jovens a serem realizados. Decepções eles vão ter, como nós todos temos, mas a vontade deles por mudanças com certeza vai fazer a diferença”, opina.
Nesse contexto, Antônio pede o engajamento dos jovens como agentes transformadores. “Eu espero que mais cidadãos venham participar cada vez mais da nossa política. Exercer a cidadania não é apenas votar, mas participar, buscando fiscalizar o seu representante, participar de programas que incentivem a política, de protestos e até você conversar com amigos e familiares sobre a política do país; isso é exercer cidadania, é ser brasileiro”, dá a receita.
Por dentro do Congresso Nacional
Antônio Júnior conta que desde de novo é interessado pela política e no ano passado, assim como, Cinthya Casado e José Oliveira, teve a experiência no Legislativo, mas em outro programa promovido pelo Congresso Nacional. Ele participou do Jovem Senador, um projeto anual do Senado Federal, que proporciona aos estudantes de até 19 anos, do ensino médio das escolas públicas estaduais e do Distrito Federal, conhecimento sobre a estrutura e do funcionamento do Poder Legislativo no Brasil.
O estudante do terceiro ano do Ensino Médio da Escola Estadual Professor José Soares de Carvalho, em João Pessoa, descreve como os seis dias no Senado enriqueceram o conhecimento sobre a política e como ele passou a valorizar mais o trabalho dos parlamentares. “Foi uma experiência importante, pois podemos presenciar como é a vida do legislador. Conhecemos mais como os senadores e deputados trabalham. Muitas vezes dizemos que eles não fazem nada, mas é puxado, a gente acha que não faz muita coisa, mas muitas vezes não conhecemos a atividade do legislador, não buscamos informações”, pontua.
Nas atividades no Parlamento, ele conheceu de perto como funciona o trâmite para que um projeto de lei seja aprovado. Antônio conta que foram formadas três comissões e cada uma ficou com nove senadores jovens. Ele foi integrante da dos Direitos Humanos e Constitucionais. O projeto apresentado por ele determina a disponibilização pela Justiça Eleitoral para estar nos locais de votação para coleta de assinaturas de projetos de lei de iniciativa popular. “Atualmente para tramitar no Congresso Nacional, um projeto de iniciativa popular precisa de mais de um milhão de assinaturas de moradores de pelo menos cinco estados. Nossa intenção é facilitar o trâmite e no dia em que o eleitor for dar seu voto, ele também possa ter a opção de conhecer esses projetos e, se concordar, assinar lá mesmo”, explica.
No Parlamento Jovem, José Oliveira, explana que, além da troca de conhecimento sobre política e cultura com pessoas de todo o país, ele pôde “ter a oportunidade de ser protagonista de todo o processo” democrático. Como o jovem mesmo esclarece, para participar do programa é necessário preparar um projeto de lei. “A experiência é marcante e transformadora; a visão do processo político é totalmente modificada e mais límpida para o leigo no assunto. Nos faz analisar e cobrar de políticos em momentos de deslize, pois temos conhecimento não só teórico, mas prático do processo”.
Já pensando como gente grande, Cinthya Casado dá detalhes de como foi o processo para participar no Parlamento Jovem: “Eu tive que escrever um projeto de lei. O meu dispõe sobre a prorrogação do tempo de licença maternidade para casos de gestação de múltiplos. Os projetos são submetidos a duas etapas, nas quais, no caso da Paraíba, primeiramente oito são pré-selecionados e finalmente apenas dois são classificados”.
Os programas no Congresso credibilizam o trabalho dos jovens e dão a eles voz com poder de atuação. Sem descartar tudo o que foi produzido, os projetos de leis apresentados pelos jovens parlamentares, por vezes, chegam aos deputados e senadores como é o caso do PLS 586/2015, que trata sobre uma nova alternativa para o ingresso em universidades federais, que inclui no processo de seleção as notas obtidas pelos estudantes durante o ensino médio A proposta começou a ser analisada no Senado no início de janeiro e partiu de estudantes que integraram o programa Jovem Senador.
Além do discurso
Esses jovens não querem ficar apenas no discurso, mas sim, partir para ação. Eles pretendem, no futuro, colocar em prática as mudanças que tanto almejam e, para isso, entrarão, quando permitido por lei, de acordo com a idade, no processo de disputa eleitoral em busca de um mandato eletivo.
A experiência no Senado Federal para Antônio foi tão satisfatória, que ele não esconde o desejo de conquistar no voto o direito de ocupar a cadeira de senador por oito anos. “Antes mesmo do programa Jovem Senador eu já tinha vontade de disputar uma eleição. Era um objetivo, agora que eu vi como é fantástico, eu quero ter a chance de me tornar senador”.
Cinthya, que antes não tinha interesse em desempenhar um papel de legisladora ou gestora, conta que mudou de ideia após participar do Parlamento Jovem e pontua os motivos. “Eu tinha outros planos para minha vida; hoje, posso dizer que há uma possibilidade. Eu quero poder contribuir para o progresso da nossa nação, eu quero poder fazer parte da história política brasileira e assim contribuindo positivamente nas principais decisões desse país”.
José define um mandato eletivo como um período de entrega total do indivíduo, chegando a ser considerado por ele como um dom, pois segundo o jovem, o político se abstêm da vida privada para servir à população. Apesar disso, ele que participa do movimento social Levante Popular da Juventude, ainda se mostra receoso com o atual sistema político do país, mas também não descarta o desafio, quando questionado, de entrar para vida pública. “Não no atual sistema político, mas já pensei a respeito”.
A promotora Soraya Escorel vê um movimento contínuo de preocupação dos jovens com os problemas da sociedade e sede de solucioná-los. Por isso, ela afirma que a vocação é diferencial para se tornar um bom político. “Quanto mais esses jovens amadurecem, mais eles querem se aperfeiçoar. Tem pessoas que deixam se contaminar facilmente, mas existem aqueles que realmente têm vocação para a política e vão fazer a diferença. Eles têm sonhos, vão atrás, mesmo sendo muito jovens são cidadãos honrados e querem construir uma história transformadora na política”, finaliza.

Fonte:portal correio e incorporação  de outros jovens na matéria,  esquenta paraíba 

PF encontra cofre da família de Lula


Em novas diligências, investigadores da Lava Jato encontraram 132 presentes recebidos por Lula no governo, como obras de arte, moedas, adagas e um crucifixo do Planalto


O ex-presidente Lula durante coletiva de imprensa na sexta-feira, dia 4, após ação da PF na Operação Aletheia (Foto:  EFE/LEO BARRILARI)


Polícia Federal encontrou um cofre da família do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva em novas diligências secretas realizadas ao longo desta semana. Dessa vez, os alvos foram presentes e joias raras recebidos por Lula durante encontros oficiais com chefes de estado. Os bens estão guardados, sem custo algum, em 23 caixas lacradas numa agência do Banco do Brasil, localizada no centro de São Paulo, desde 21 de janeiro de 2011, mês em que Lula deixou o governo.
O pedido da nova busca e apreensão ocorreu após os policiais encontrarem na residência do ex-presidente em São Bernardo do Campo, grande São Paulo, um documento intitulado “Termo de Transferência de Responsabilidade (Custódia de 23 caixas lacradas)", datado de 19 de março de 2012. No material, consta a informação de que os bens estão sob a guarda da mulher de Lula, Marisa Letícia Lula da Silva, e de seu filho Fábio Luis Lula da Silva, conhecido como Lulinha. Entre os responsáveis pela entrega dos presentes na agência está Rogério Aurélio Pimentel, assessor especial do ex-presidente, apontado como suspeito de ter bancado despesas da reforma do sítio em Atibaia, São Paulo, frequentado ao menos 111 vezes por Lula.
Entre os 132 objetos encontrados, classificados como joias e obras de arte, estão medalhas, moedas, comendas, adagas, entre outras peças que Lula ganhou de chefes de estado durante as missões diplomáticas que cumpriu em diversos países, do Chile à Ucrânia. A PF precisou de dois dias para analisar todo o acervo. Nos materiais identificados pelos investigadores, está um crucifixo talhado em madeira, uma obra barroca do século XVI que ficou famosa por ter desaparecido do Planalto quando Lula deixou o governo, em janeiro de 2011. Naquele ano, ÉPOCA revelou que o Cristo morto e crucificado foi dado ao ex-presidente em meados de 2003 por José Alberto de Camargo, então diretor da Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração (CBMM). O empresário desembolou R$ 60 mil pela lembrança religiosa. Esse e outros itens não foram movimentados ou alterados no cofre desde janeiro de 2011 até hoje. De acordo com o relatório da PF, o gerente da agência do BB, Sérgio Ueda, disse que “não há custo de armazenagem para o responsável pelo material”.
Uma boa parte dos pertences de Lula retirados do Palácio do Planalto, do Palácio do Alvorada e da Granja do Torto estava armazenada em 10 contêineres em Barueri, na grande São Paulo. A despesa da custódia, orçada em R$ 1,3 milhão, foi bancada pela construtora OAS, envolvida no escândalo do Petrolão, segundo revelou a PF na 24ª fase da Lava Jato.
No último dia 9 de março, o Senado aprovou um requerimento para pedir ao Tribunal de Contas da União (TCU) que realize uma auditoria para apurar possíveis desvios ou desaparecimento de bens dos palácios do Planalto e da Alvorada.

Procurado, o advogado Cristiano Zanin Martins, que defende Lula, afirmou que “a discussão do acervo presidencial foge completamente ao escopo da operação da Lava Jato”. “Se existe alguma irregularidade, esse critério deve ser revisto para todos os ex-presidentes da República desde 1991. Nesse caso, a competência não é da operação Lava Jato, mas do MPF de Brasília que conduz um inquérito sobre o assunto”, disse o criminalista. Em setembro do ano passado, a Procuradoria da República no Distrito Federal instaurou um inquérito civil para apurar suspeitas de apropriação indevida de bens públicos recebidos por ex-presidentes em encontros diplomáticos. O procedimento ainda está em andamento.
Veja: alguns presentes
Porta de cofre da agência do Banco do Brasil do centro de SP (Foto: Reprodução)
Material apreendido em sala-cofre do Banco do Brasil (Foto: Reprodução)
Espada guardada em sala-cofre da agência do Banco do Brasil do centro de SP (Foto: Reprodução)

Denúncia do MP contra Lula causa preocupação no governo



Pedido de prisão foi visto como despropositado pela presidente Dilma. 
Expectativa do Palácio do Planalto é que o pedido não seja aceito
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Gioconda BrasilBrasília, DF

A decisão do Ministério Público de São Paulo de pedir a prisão preventiva do ex-presidente Lula causou preocupação no governo.
Passava das 22h quando a presidente Dilma Rousseff voltou do Rio de Janeiro, para uma reunião de emergência junto com o chefe Casa Civil, Jaques Wagner, do secretário de governo, Ricardo Berzoini, e do assessor especial da Presidência, Gilles de Azevedo, a presidente analisou o pedido de prisão do ex-presidente Lula.
O pedido de prisão causou perplexidade. Foi visto como despropositado pela presidente. Os demais participantes consideraram a denúncia do Ministério Público inconsistente e carregada de interesse político. A conclusão é que o melhor a fazer no momento é esperar a decisão da juíza de São Paulo que pode ou não determinar a prisão de Lula. A expectativa do Palácio do Planalto é que o pedido não seja aceito.

A denúncia e o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula e mais seis pessoas são resultado de uma investigação que ouviu mais de 100 pessoas.O advogado-geral da União, ministro José Eduardo Cardozo, também participou da reunião. Nesta sexta-feira (11) ele disse que a justiça tem total autonomia, mas que não vê elementos legais para a prisão do ex-presidente.
A investigação começou pela Bancoop. As obras inacabadas da Cooperativa Habitacional dos Bancários de São Paulo foram assumidas OAS.  Para os promotores, as irregularidades prejudicaram mais de sete mil famílias, também houve crime de lavagem de dinheiro para ocultar o triplex que, segundo o Ministério Público de São Paulo, pertence ao ex-presidente Lula e à mulher dele, dona Marisa.
“Desde sempre, aquele imóvel esteve reservado para o ex-presidente. Vale dizer que a OAS nunca comercializou aquele imóvel com quem quer que seja. Vale dizer ainda que todas as testemunhas, de maneira absolutamente uniforme, imparcial, coerente, harmônica, firme, nos relataram que, efetivamente, aquele imóvel era destinado à família presidencial”, fala o promotor de justiça, Cássio Conserino.
O Ministério Público diz que o ex-presidente Lula "agiu dolosamente", ou seja, com intenção, e que ele desistiu do triplex "porque descobriram a fraude".
O caso está nas mãos da juíza Maria Priscila Veiga Oliveira, da Justiça Criminal de São Paulo. Os 16 denunciados só vão virar réus se ela aceitar a denúncia dos promotores. A juíza também vai decidir sobre os pedidos de prisão e de quebra do sigilo fiscal do ex-presidente Lula, e ainda sobre o pedido para que todos denunciados entreguem seus passaportes e fiquem proibidos de deixar o país. Não há prazo para essas decisões sejam tomadas.
A Bancoop disse em nota que a denúncia não tem fundamento e que todas as transações seguiram o que determina a lei e o acordo firmado entre a cooperativa e o Ministério Público paulista.
Lideranças do Partido dos Trabalhadores reagiram à decisão do Ministério Público de São Paulo, de pedir a prisão do ex-presidente Lula.
"Um promotor, que, antes mesmo de ouvir qualquer pessoa, já tinha dito para uma revista que iria denunciar o presidente. Então não merece credibilidade. Não tem imparcialidade; portanto, eu acho que nenhum juiz vai atender o pedido”, fala o presidente nacional do PT, Rui Falcão.
O líser do PSDB, no Senado, Cássio Cunha Lima, declarou que não estão presentes os fundamentos que autorizam o pedido de prisão preventiva do ex-presidente Lula, já que recentemente o Ministério Público Federal e a Polícia Federal fizeram buscas e apreensões à procura de provas. O líder do partido no Senado disse ainda que é preciso cautela porque “vivemos um momento incomum na vida nacional. É preciso ter prudência”.

No pedido, os promotores afirmam que o ex-presidente "atentou contra a ordem pública ao desrespeitar as instituições que compõem o sistema de Justiça".
O Ministério Público alerta para a possibilidade de fuga do ex-presidente: "ora, se há evidências de que o denunciado praticou os crimes tratados na denúncia, necessário que seja segregado cautelarmente, pois sabidamente possui poder de ex-presidente da República, o que torna sua possibilidade de evasão extremamente simples".
Os promotores citam os confrontos em São Paulo, na última sexta-feira, quando Lula foi ouvido pela Lava Jato.
"Além disso, o denunciado se vale de sua força político-partidária para movimentar grupos de pessoas que promovem tumultos e confusões generalizadas, com agressões a outras pessoas, com o evidente cunho de tentar blindá-lo do alvo das investigações e de eventuais processos criminais."
E criticam a visita da presidente Dilma Rousseff a Lula, no último sábado. "A sociedade civil, a imprensa livre e as instituições públicas assistiram, surpresas, a uma presidente da República, em pleno exercício de seu mandato, interromper seus compromissos presidenciais para vir a público defender pessoa que não ocupa qualquer cargo público".
Os promotores encerram dizendo que fica "patente a necessidade de prisão preventiva do ex-presidente por suas manobras violentas e de seus apoiadores, com defesa pública e apoio até mesmo da presidente da República".
Além de Lula, o Ministério Público pediu a prisão preventiva de três pessoas da OAS: o ex-presidente da construtora, Léo Pinheiro, e os executivos Fábio Yonamine e Roberto Moreira Ferreira; de João Vaccari Neto, ex-tesoureiro do PT, e ex-presidente da Bancoop e de dois ex-diretores da cooperativa, Ana Maria Érnica e Vagner de Castro.
Os promotores dizem que foi "uma década de crimes de estelionato e falsidade ideológica, promovidos por organização criminosa" e que "o ingresso da OAS nos empreendimentos imobiliários capitaneados pela Bancoop é fruto da mais inequívoca influência política que descambou para o campo criminal.
O Instituto Lula divulgou nota, dizendo que o promotor paulista antecipou sua decisão antes mesmo de ouvir o ex-presidente e que isso prova sua parcialidade. Afirma ainda que Cássio Conserino não é o promotor natural deste caso e que o instituto possui documentos que provam que Lula não é o proprietário nem do triplex, no Guarujá, nem do sítio em Atibaia e tampouco cometeu qualquer irregularidade. A nota do Instituto Lula diz ainda que a medida cautelar contra o ex-presidente é mais uma triste tentativa do promotor de usar seu cargo para fins políticos.
“Lula está absolutamente tranquilo, é, até, em algum momento, observou, falou: olha, já fui preso uma outra vez”, diz o deputado federal Arlindo Chinaglia (PT-SP).
O ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, também comentou. “O cenário de polarização política atrapalha, mas nós temos que continuar nesse processo de diálogo e de construção, é conversando que nós vamos conseguir superar todos os nossos problemas”.

ontem sexta-feira (11), a presidente Dilma falou que não irá renunciar ao cargo. Assistiu:









Fonte: G1. com